Limpeza de Porto Alegre pode durar meses
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Limpeza de Porto Alegre pode durar meses

A maior tragédia da história do Rio Grande do Sul vai demandar meses de trabalho de limpeza.

Correio do Povo
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Nas áreas onde a água começa a baixar, rastro de lama e sujeira é flagrante | Foto: Fabiano do Amaral
Nas áreas onde a água começa a baixar, rastro de lama e sujeira é flagrante | Foto: Fabiano do Amaral

Limpeza de Porto Alegre pode durar meses

O Rio Grande do Sul vive há dias a maior tragédia de sua história. A Capital do Estado tem bairros inteiros embaixo d’água. Boa parte da estrutura pública ficou inacessível ou mesmo arrasada. O primeiro esforço foi o de resgate às pessoas ilhadas. Em seguida, acolhimento, alimentação, fornecimento de água, tarefas que envolveram diversos órgãos do poder público, apoio de empresas e o trabalho de incontáveis voluntários.

Quando a água baixar, restará muita lama, sujeira, matéria orgânica e entulho. O trabalho de limpeza pode levar meses. A prefeitura de Porto Alegre ainda não tem projeção de como será feita essa limpeza e quanto tempo esse trabalho vai durar.


👉🏼Acompanhe ao vivo o efeito das enchentes no RS

✅ Inundações, desabrigados e buscas por desaparecidos: o Rio Grande do Sul enfrenta um cenário crítico após as fortes chuvas dos últimos dias.


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Alba Abreu, 37 anos, e a filha Alice Abreu, de 2 anos, estão em abrigo temporário no Menino Deus, após perderem tudo na Vila Farrapos. | Foto: Fabiano do Amaral
Alba Abreu, 37 anos, e a filha Alice Abreu, de 2 anos, estão em abrigo temporário no Menino Deus, após perderem tudo na Vila Farrapos. | Foto: Fabiano do Amaral

Fim de semana de chuva desanima quem perdeu tudo

Sirley Carvalho, 62 anos, é uma das porto-alegrenses acolhidas em um dos 160 abrigos temporários da Capital. Ela é mãe de cinco filhos e avó de oito netos. Mas neste Dia das Mães, não vai poder receber a visita dos filhos, nem encontrá-los. A família perdeu tudo na enchente que atingiu as Ilhas do Lago Guaíba na semana passada. Além disso, durante o resgate, foram obrigados pelas circunstâncias a se separarem. Sirley foi para o abrigo do Centro Estadual de Treinamento Esportivo (CETE), no bairro Menino Deus, em Porto Alegre, e os filhos se refugiaram em casas de conhecidos em Viamão.

Apesar das águas seguirem baixando – o Guaíba atingiu 4,66m às 22h15 desta sexta, a virada no tempo agrava a preocupação. Há previsões de que a sequência chuvosa cause um repique com novos prejuízos e maior demora no retorno ao lar.


441 cidades gaúchas foram afetadas pela maior tragédia climática do Estado | Foto: Camila Cunha
441 cidades gaúchas foram afetadas pela maior tragédia climática do Estado | Foto: Camila Cunha

RS contabiliza 126 mortes e 141 desaparecidos

Em novo boletim na noite desta sexta-feira, a Defesa Civil subiu para 126 o número de mortos e para 141 o de desaparecidos em decorrência das enchentes que devastaram parte do Rio Grande do Sul nos últimos dias.

Diante da maior tragédia climática da história do Estado, 441 cidades foram afetadas pelas águas. Conforme o governo estadual, são 756 feridos e mais de 339 mil desalojados.


Acompanhe situação das cheias em Porto Alegre


Bairros e pontes vão precisar de outro padrão de construção no RS | Foto: World Economic Forum / Sandra Blaser
Bairros e pontes vão precisar de outro padrão de construção no RS | Foto: World Economic Forum / Sandra Blaser

A reconstrução da infraestrutura de cidades e obras públicas no Rio Grande do Sul devastadas pelas enchentes deverá levar em conta o “novo normal” do clima no planeta, inclusive recalculando a capacidade de suporte a eventos extremos. A avaliação é da ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, em entrevista exclusiva concedida ao telejornal Repórter Brasil Noite (RBN), da TV Brasil.


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