Reconstrução do Rio Grande do Sul após tragédia climática: desafios e soluções
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Reconstrução do Rio Grande do Sul após tragédia climática: desafios e soluções

Descubra como o estado está se recuperando das perdas causadas pela enchente e os caminhos para retomada da atividade agropecuária.

Correio do Povo
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Olá,

Reconstrução

O Rio Grande do Sul vive nos últimos 45 dias o desafio histórico de se reconstruir. Sendo um estado onde uma das principais fontes de rendimento econômico é a agropecuária, a reconstrução toma proporções de emergência e expõe dramas de agricultores e pecuaristas responsáveis por colocar comida na mesa dos gaúchos e de muitos brasileiros.

Desta forma, a Editoria Rural do Correio do Povo dedicou seus espaços a cobrir a tragédia climática que se abateu sobre o segmento, relatando perdas e caminhos que serão viáveis à retomada da atividade. 

No último final de semana, a reportagem de Thaise Teixeira aponta um desses caminhos, enfocando a ação do Senar/RS, sustentada com R$ 100 milhões em recursos concedidos pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA). A ideia é que a iniciativa recupere pelo menos 12 mil propriedades gaúchas atingidas por diferentes graus de destruição.

A suinocultura, que amargou prejuízos de mais de 80 milhões na modalidade integrada, já está rota de restauração das operações. No entanto, a avicultura, que chegou a perder mais de 3 milhões de aves, contabiliza prejuízo de R$ 250 milhões.

Equipes do Senar-RS conferem, in loco, a devastação de áreas agrícolas e pecuárias do Vale do Taquari | Foto: CNA / Divulgação / CP
Equipes do Senar-RS conferem, in loco, a devastação de áreas agrícolas e pecuárias do Vale do Taquari | Foto: CNA / Divulgação / CP

Arroz

Governo federal pretende vender arroz importado ao consumidor a R$ 4/kg | Foto: Marcelo Camargo / Agência Brasil / CP
Governo federal pretende vender arroz importado ao consumidor a R$ 4/kg | Foto: Marcelo Camargo / Agência Brasil / CP

Um dos grandes debates travados durante a enchente e que ainda persiste é o que envolve as perdas nas lavouras do Rio Grande do Sul. Mesmo tendo colhido apenas de 120 mil toneladas no Estado em relação ao ano passado e tendo apurado um volume total de arroz de 7,16 milhões de toneladas na safra 2023/2024, a lavoura gaúcha de arroz teve uma perda de cerca de 10% causada pela enchente.

Este dado despertou no governo federal a intenção de suprir a defasagem importando até 1 milhão de toneladas de grãos estrangeiros. A medida gerou revolta entre os produtores gaúchos, com um leilão da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) sendo cancelado e até a disputa jurídica na suprema corte. O assunto prossegue nesta semana com reuniões em Brasília, entre a Conab e representantes do setor orizícola gaúcho.


Gedeão Pereira, presidente da Farsul | Foto: Alina Souza / CP Memória
Gedeão Pereira, presidente da Farsul | Foto: Alina Souza / CP Memória

"A ausência de indústrias arrozeiras no leilão da Conab para compra pública de arroz, no dia 6 de junho, não surpreende, por não haver, matematicamente, necessidade de importar arroz frente à colheita gaúcha. Além das interpretações duvidosas geradas a partir de importadoras como sorveterias e locadoras de máquinas, também há a aplicação de mais de R$ 7 bilhões na operação. Esse dinheiro dava para a gente resolver a vida de todos os produtores do Rio Grande do Sul”, disse o presidente da Federação da Agricultura do Rio Grande do Sul (Farsul), Gedeão Pereira, durante as discussões a respeito da necessidade de importação de arroz para suprir o consumo nacional.


E ela vai acontecer!

Governador Eduardo Leite vistoriou o Parque de Exposições Assis Brasil, em Esteio, antes de anunciar decisão | Foto: Mauricio Tonetto / Secom / Correio do Povo
Governador Eduardo Leite vistoriou o Parque de Exposições Assis Brasil, em Esteio, antes de anunciar decisão | Foto: Mauricio Tonetto / Secom / Correio do Povo

O governo do Estado confirmou no final da semana passada a realização da 47ª Expointer, entre os dias 24 de agosto e 1º de setembro. A maior feira agropecuária do Rio Grande do Sul acontece depois de um extenso dano causado pela enchente ao Parque de Exposições Assis Brasil, em Esteio. Serão investidos pelo menos R$ 6 milhões para recuperar a estrutura que anualmente recebe cerca de 500 mil pessoas no período de exposição. 


📈E o boi-gordo?

Nos últimos 30 dias o boi-gordo, índice calculado pela Emater/RS semanalmente, teve oscilação de R$ 0,40 em seu preço médio, saindo de R$ 8,14, em 10 de maio, para R$ 8,44 em 13 de junho.

Até a próxima CP Rural 🙋🏼‍♀️


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